Comunicação Social > SOL, Correio da Manhã, Guerra e Ilídio Marques

Na véspera da publicação do Jornal Expresso com a entrevista a Ilídio Marques, o Jornal SOL e o Correio da Manhã, antecipam explicações.
O Sol publica na 1ª página a afirmação de que Ilídio Marques terá sido pago para mudar de posição. O Sol afirma. Não coloca como hipótese.
Como leitor esperava que o conceituado semanário apresentasse prova material do pagamento que afirma ter sido feito, como foi feito, por quem, etc. Apresentou uma montagem sonora.

 

Na notícia do Sol, lêem-se extractos duma gravação de um diálogo entre Ilídio Marques e um colega em que falam de uma entrevista que ainda não tinha sido dada à altura da gravação.
A jornalista, escreve que Ilídio revela pormenores dessa entrevista - técnica do jornalismo por antecipação, escreve-se sobre algo que ainda não foi publicado prometendo aos leitores detalhes de uma entrevista que ainda não tinha sido dada.

Aqui fica a gravação que o SOL pôs online:

 

 

 

Desta montagem de gravação - resta saber o que foi cortado e porque não foi incluído - conclui-se que Ilídio Marques disse ao colega que alguém prometeu ajudar a sua namorada.

Não revela quem e diz muito claramente que não lhe ofereceram nada. Está na gravação mas não está no texto.

O texto também não revela que a "outra pessoa" a quem Ilídio Marques vendeu o carro e que não tinha honrado o compromisso é o Francisco Guerra. Terá sido para proteger  imagem deste? Ou desconhecimento de causa?

 

No mesmo dia, o Correio da Manhã trazia outra versão. Afinal seriam 10.000 Euros e um emprego para a companheira de Ilídio Marques. Não seriam 15.000 Euros.

Neste caso a jornalista não explica como sabe do aliciamento, não refere gravações nem fontes, nem sequer o típico "O CM apurou" ou "junto de fonte não identificada", nada. O CM sabe, o CM pode, o CM publica.

 

No dia seguinte, outra versão do Correio da Manhã, a de Francisco Guerra.

Relata então um encontro com Ilídio Marques em que esteve presente outra pessoa que não se quis identificar mas que, pela notícia dos assaltos de Francisco Guerra publicada no jornal "O Crime" se deduz ser a Drª Olga Miralto, braço direito da Drª Catalina Pestana.

Não se percebe porque é que a Dra. Olga não se quis identificar.

Porque interveio ela na disputa de um carro entre Francisco Guerra e Ilídio Marques? Em que qualidade? Para evitar o quê?

A Drª Olga Miralto tem o dever (pelo menos moral) de se identificar e de confirmar ou não, o conteúdo da conversa que decorreu sob o seu alto patrocínio.

 

 

Ainda assim é legitimo questionar:

1-    Se Ilídio Marques foi pago ou não

2-    Se foi pago, foi para dar uma entrevista,  para mentir ou para dizer a verdade?

3-    Se não foi pago, porque é que alguns jornalistas insistem em escrever que foi?

4-    Se foi pago, terá também sido pago nas entrevistas que deu anteriormente?

5-    Se foi pago isso retira-lhe credibilidade?

6-    Se lhe retira credibilidade então  Ilídio Marques não será credível?

7-    Se não é credível agora, era-o quando depôs na PJ e/ou em Tribunal?

8-    Se foi pago para dizer a verdade e a disse, a verdade deixa de ser verdade?

9-    Ouvindo e vendo o vídeo do Expresso [ver aqui na página seguinte] que significado tem o sorriso e a recusa em      responder às perguntas: se houve pressões externas para acusar e que lhe disse Catalina Pestana nas conversas que teve com ele?