Comunicação Social > O Teste do Polígrafo

Várias pessoas me têm escrito perguntando se eu estou disposto a sujeitar-me ao teste do polígrafo.

Para não estar a responder uma a uma, deixo aqui a minha resposta/comentário que espero seja esclarecedora sobre a minha posição:

1- O polígrafo foi abandonado em muitos Estados americanos Por se ter chegado à conclusão de que afinal não é completamente fiável.

2- Em 28 de Novembro de 2002 numa entrevista concedida à TVI declarei que estava disposto a sujeitar-me a qualquer teste: polígrafo, soro da verdade ou hipnotismo. Mas aceito que as pessoas se tenham esquecido disso apesar de ter sido divulgada a minha posição por outros órgãos da Comunicação Social.

3- A minha posição mantém-se com algumas condições:

a) Que me seja garantido por entidade idónea de que qualquer desses métodos é fiável sob o ponto de vista científico.

b) Que o teste (qualquer deles) seja acompanhado por observadores independentes e internacionais de forma a garantir a idoneidade de quem os fizer e da forma como são feitos.

c) Que a prova assim obtida seja aprovada pelo Tribunal que deverá estar presente durante a realização para a sua validação.

d) Jamais faria um teste destes (como já foi sugerido) frente às câmaras de televisão pelas seguintes razões: o ambiente em que estes testes decorrem num estúdio de TV não se coadunam com aquele em que devem ser feitos; não sou artista de "reality shows" que seria o formato televisivo em que incluiria este tipo de comportamento. Os programas em que supostamente se usou o polígrafo, por exemplo, não são credíveis e muitas vezes são combinados com a produção desses programas. Conheço vários formatos televisivos e a minha experiência no campo profissional permite-me afirmar isto.

e) Mantenho a minha disponibilidade total desde que o mesmo método conduzido pelos mesmos especialistas seja aplicado a quem me acusa nomeadamente Carlos Silvino, os jovens que levaram á minha condenação e outros que testemunharam neste processo.

Aceites estas condições estou à disposição da Justiça para fazer um deles ou os três apesar de, como disse, o polígrafo estar actualmente, de alguma forma, posto em dúvida pela experiência dos tribunais Norte-Americanos.

A minha consciência tranquila permite-se com total à vontade colocar-me na expectativa e desejo de que isso seja possível.